Impressora

Uma impressora ou dispositivo de impressão é um periférico que, quando conectado a um computador ou a uma rede de computadores, tem a função de dispositivo de saída, imprimindo textos, gráficos ou qualquer outro resultado de uma aplicação. Herdando a tecnologia das máquinas-de-escrever, as impressoras sofreram drásticas mutações ao longo dos tempos. Também com o evoluir da computação gráfica, as impressoras foram-se especializando a cada uma das vertentes. Assim, encontram-se impressoras optimizadas para desenho vectorial e para raster, e outras optimizadas para texto. A tecnologia de impressão foi incluída em vários sistemas de comunicação, como o fax.


CARACTERÍSTICAS

As impressoras são tipicamente classificadas quanto à escala cromática (em cores ou em preto-e-branco), páginas por minuto (medida de velocidade) e tipo.


BIDIRECT PRINT

Bidirect print consiste na impressão bidirecional. Quando o cabeçote da impressora vai para a direita ele imprime e quando retorna para esquerda também é feita a impressão. Este expediente tecnológico torna as impressoras mais rápidas.


TIPOS DE IMPRESSORA

Impressora de impacto
As impressoras de impacto baseiam-se no princípio da decalcação, i.e., ao colidir uma agulha ou roda de caracteres contra um fita de tinta dá-se a produção da impressão. As impressoras margarida e impressoras matriciais são exemplos de impressoras de impacto.
Impressora de margarida
As primeiras impressoras tinham um funcionamento bastante semelhante às máquinas de escrever elétricas. Ao invés agulhas ou um sistema para espirrar tinta no papel, era usado um conjunto de tipos, geralmente na forma de um círculo (daí o apelido impressora de margarida) que eram batidos sobre uma fita para gerar a impressão. Estas impressoras eram capazes de imprimir apenas textos, mesmo assim, com apenas uma ou com algumas poucas opções de fontes, mudadas com a troca da margarida.
As impressoras de margarida produziam uma impressão de boa qualidade, mas além das limitações quanto a textos e gráficos, apresentavam baixa velocidade de impressão, geralmente pouco superior à velocidade de um bom digitador. Por isso, tornaram-se obsoletas com o surgimento das impressoras matriciais.

Impressora matricial
Ao contrário das obsoletas impressoras de margarida, as impressoras matriciais utilizam um conjunto de agulhas, geralmente 9, que produzem impacto sobre uma fita de impressão, deixando marcas no papel.
As impressoras matriciais são bastante econômicas em comparação com impressoras jato de tinta e laser, pois a fita de impressão é extremamente barata, e pode ser usada por muito tempo. Uma fita de impressão para uma Epson LX 300, por exemplo, não custa mais do que 5 reais, e pode imprimir centenas de folhas.
O uso de agulhas, ao invés de tipos, permite o uso de vários tipos de fonte e também a impressão em modo gráfico, embora sem muita qualidade e apenas em preto. Existem também impressoras matriciais coloridas, que utilizam uma fita de impressão especial com quatro cores. O problema é que, além da impressão demorar bem mais, as cores nunca ficam perfeitas, pois como as mesmas agulhas entram em contato sucessivamente com as quatro cores de tinta, acabam misturando-as, alterando sua tonalidade.
A Epson LX 300, por exemplo, pode transformar-se numa impressora colorida, através de um Kit que inclui a fita e o driver de impressão. O problema é que este Kit é muito caro, custando mais do que um cartucho para uma impressora jato de tinta, não valendo muito à pena já que a fita colorida não dura muito. Mesmo com a popularização das impressoras jato de tinta, as impressoras matriciais ainda são usadas em muitos lugares, devido ao seu baixo custo de impressão, durabilidade e, principalmente, devido à sua capacidade de imprimir formulários em duas ou três vias com carbono.

Impressora de jato de tinta
Essas impressoras imprimem através de um cartucho de tinta que vai de 3 à 30 ml. Algumas têm uma ótima qualidade de impressão quase se igualando às de Laser.
As impressoras jato de tinta são as impressoras mais vendidas atualmente. Ao invés de usar agulhas e fita como as matriciais, as impressoras jato de tinta trabalham espirrando gotículas de tinta sobre o papel, conseguindo uma boa qualidade de impressão, próxima à de impressoras a laser. Outra vantagem destas impressoras é seu baixo custo, o que as torna perfeitas para o uso doméstico.
As impressoras jato de tinta podem usar basicamente três tecnologias de impressão: a Buble Jet (jato de bolhas) ou térmica, a Piezoelétrica e a de troca de estado.
A tecnologia Buble Jet foi criada pela Canon, que detém a patente do nome até hoje. Esta tecnologia consiste em aquecer a tinta através de uma pequena resistência, formando pequenas bolhas de ar, que fazem a tinta espirrar com violência sobre o papel. Atualmente é o sistema mais utilizado, onde a impressora aquece pequenas quantidades de tintas a até 500 °C. Com o aquecimento uma bolha é formada e força as pequenas gotículas de tinta saírem pelo bocal. O processo leva cerca de 20 milionésimos de segundo por gota. O mecanismo fica situado no cartucho de tinta, tornando o valor do cartucho mais caro, mas com menor manutenção e utilização de todo o conteúdo, pois seu conteúdo fica sob pressão. A resolução que é medida em DPIs, é boa, e tem um ótimo custo benefício. Esta tecnologia é utilizada por fabricantes como Hewlett-Packard, Lexmark, Xerox e a própria Canon. No caso das impressoras HP, a tecnologia recebe o nome de "Ink Jet", apesar do princípio de funcionamento ser o mesmo. Uma desvantagem desta tecnologia é que, devido ao aquecimento, a cabeça de impressão costuma se desgastar depois de pouco tempo, perdendo a precisão. Por outro lado, por serem extremamente simples, as cabeças são baratas, e por isso são embutidas nos próprios cartuchos de impressão.
As impressoras Epson por sua vez, utilizam uma cabeça de impressão Piezoelétrica, que funciona mais ou menos como uma bomba microscópica, borrifando a tinta sobre o papel. A cabeça de impressão consiste em uma pequena canalização, com um cristal piezoelétrico próximo da ponta. Quando recebe eletricidade, este cristal vibra, fazendo com que gotículas de tinta sejam expelidas para fora do cartucho - alcançando resoluções muito altas, com gradações de cores quase imperceptíveis. Esta tecnologia traz como vantagem uma maior precisão, que permite numa impressão com uma resolução muito maior. O mecanismo fica situado na impressora, sendo os cartuchos apenas reservatórios, mas com fluxo de tinta baseado em sucção, e aceitam tanto tintas corantes como pigmentadas. Sua resolução é ótima, mas tem a desvantagem de entupir com facilidade caso não seja usada diariamente.
A Epson Stilus 600, por exemplo, é capaz de imprimir com até 1440 DPI (pontos por polegada) enquanto uma HP 692C, que está na mesma faixa de preço, imprime no máximo a 600 DPI.
A HP por sua vez, alega que apesar de usarem resolução menor, suas impressoras possuem uma qualidade de impressão equivalente. A alguns anos atras ela lançou até uma campanha publicitária, falando de pontos por polegada e abacaxis por polegada.
Como as cabeças de impressão Piezoelétricas possuem maior durabilidade e, são muito mais complexas e caras do que as buble-jet, elas não são trocadas junto com os cartuchos, fazendo parte da impressora. Por um lado isso é bom, pois permite baratear um pouco os cartuchos, mas por outro lado, torna a impressora mais susceptível a problemas, como o entupimento das cabeças de impressão, sendo que troca em uma autorizada muitas vezes acaba custando mais da metade do preço de uma impressora nova.
Existem também impressoras de troca de estado, que utilizam tinta sólida, um tipo de cera, geralmente em forma de fitas. Nestas impressoras, a tinta é derretida e espirrada sobre o papel. A vantagem é que, como a tinta é um tipo de cera, a impressão assume um aspecto brilhante, com qualidade semelhante à de uma foto, mesmo usando papel comum.
Um exemplo de impressora de troca de estado é a Citizen Printiva, que possui uma qualidade de impressão surpreendente, mas que demora cerca de 6 minutos para imprimir uma página colorida e possui um custo de impressão salgado.

Impressora a laser
As impressoras a laser são o topo de gama na área da impressão e seus preços variam enormemente, dependendo do modelo. São o método de impressão preferencial em tipografia e funcionam de modo semelhante ao das fotocopiadoras.
Numa impressora a laser, a imagem a ser impressa em papel é primeiramente formada num cilindro, ou molde. Um feixe de raios laser gera cargas de eletricidade estática em algumas partes do cilindro. Ao ser passado no reservatório de toner, as partes carregadas do cilindro o atraem, formando um molde perfeito da imagem a ser impressa. Em seguida, o molde é prensado contra o papel, com a ajuda de um mecanismo chamado conjunto fusor, sendo o toner transferido e gerando a página impressa. Além das impressoras a laser monocromáticas, temos também as coloridas, que usam quatro cores de toner para conseguir cores perfeitas.
As impressoras a laser oferecem uma qualidade superior de impressão, além de serem muito mais rápidas. O maior obstáculo à sua popularização, porém, é seu alto custo. Enquanto podemos adquirir uma impressora jato de tinta colorida por 150 ou 200 reais, os modelos mais simples de impressoras a laser custam apartir de 700 ou 800 reais. Isto em se tratando de impressoras monocromáticas, já que as coloridas são bem mais caras.
Em compensação, as impressoras a laser possuem um custo de impressão por página bem mais baixo (R$ 0,10 ou menos, na maioria dos modelos, com a opção de usar recargas de tonner, que custam menos), são muito mais rápidas (as mais lentas imprimem de 6 a 8 páginas por minuto, as melhores imprimem entre 20 e 30 páginas por minuto) e suportam um volume de impressão muito maior. Os modelos mais baratos são projetados para suportar normalmente ciclos de 10.000 páginas mensais ou mais.

Impressora LED
Esta é uma tecnologia de impressoras semelhantes às Laser, que também utilizam toner e possuem uma qualidade de impressão semelhante, mas são um pouco mais baratas. A diferença é que ao invés de laser estas impressoras utilizam um pente de LEDs para gerar as cargas eletrostáticas no cilindro de impressão. Um exemplo de empresa que comercializa este tipo de impressora é a Okidata.

Impressora térmica
Embora sejam mais rápidas, mais econômicas e mais silenciosas do que outros modelos de impressoras, as impressoras térmicas praticamente só são utilizadas hoje em dia em aparelhos de fax e máquinas que imprimem cupons fiscais e extratos bancários. O grande problema com este método de impressão é que o papel térmico utilizado desbota com o tempo, obrigando o utilizador a fazer uma fotocópia do mesmo.
No início do século XXI, modelos mais avançados, as impressoras de transferência térmica, difundiram-se ao permitir impressão em cores. Seu custo, todavia, ainda é muito superior ao das impressoras de jato de tinta.

Impressora Solvente
Estas impressoras são indicadas para profissionais de comunicação visual e artes gráficas como: Bureaux, empresas gráficas, grandes varejistas, entre outras. Como utiliza tinta a base de solvente é ideal para fazer impressões de banners, imagens de grandes formatos para pontos de venda, faixas, adesivos em vinil, material para adesivação automotiva, outdoors, ampliações, entre outros.

Plotter
As plotters são especializadas em desenho vectorial e muito comuns em estúdios de arquitectura e CAD/CAM.


OUTROS TIPOS DE IMPRESSORA

Impressoras de cera térmica
Estas impressoras são mais usadas para transparências em apresentações empresariais e para prova de cor (criação de documentos e imagens teste para uma inspeção de qualidade antes do envio dos documentos mestre para serem impressos em impressoras industriais offset de quatro cores). As impressoras de cera térmica utilizam tambores CMYK direcionados por uma fita, e papel ou transparência especialmente cobertos. A cabeça de impressão contém elementos quentes que derretem cada cor de cera no papel conforme ele rola pela impressora. Elas são muitos úteis em lojas comercias onde são impressas notas de recibo comercial.

Impressoras dye-sublimation
Usadas em empresas como agências de serviço — onde a qualidade profissional dos documentos, panfletos e apresentações é mais importante que o custo dos consumíveis — as impressoras dye-sublimation (ou dye-sub) são os cavalos de batalha da impressão CMYK de qualidade. Os conceitos por trás das impressoras dye-sublimation são similares aos das impressoras de cera térmica, exceto pelo uso de filme dye plástico difusivo ao invés de cera colorida. A cabeça de impressão aquece o filme colorido e vaporiza a imagem em papel especialmente coberto.
A dye-sub é bastante conhecida no mundo do design e publicações, assim como no campo da pesquisa científica, onde é necessário ter precisão e detalhes. Tais detalhes e qualidade de impressão têm um preço, já que as impressoras dye-sub também são conhecidas por seus altos custos de impressão.
Estas impressoras também são usadas para impressão cartões de PVC, ou de Polyester.
Elas são largamente utilizadas na area de seguraça e credenciamento, para impressão de crachás de identificação. E inclusive em alguns paises elas são utilizadas para confecção de carteiras de motoristas.

Impressoras de tinta sólida
Usadas principalmente nos setores de embalagens e design industrial, as impressoras de tinta sólida são famosas por imprimir numa variedade de tipos de papel. As impressoras de tinta sólida, como o nome indica, usam espetos de tinta endurecidos, que são derretidos e espirrados através de pequenos bocais na cabeça de impressão. O papel é então enviado através de um rolamento fusor, que por sua vez força a tinta sobre o papel.
A impressora de tinta sólida é ideal para provas e protótipos de novos designs de embalagens de produtos. Sendo assim, a maioria das empresas de serviços não tem necessidade deste tipo de impressora.

Impressora de sublimação
As impressoras de sublimação (ou impressoras de sublimação de cor) são um tipo de impressora que utilizam o calor para transferir a tinta sob a forma de gás para um papel especial, com cobertura de plástico, ou para materiais como alumínio, aço inox ou tecidos com no mínimo 30% de poliéster.
Essas impressoras utilizam cartuchos de tinta independentes, que são como fitas; essas fitas transferem através de calor, as imagens para o papel que está sendo impresso. Cada uma das quatro cores básicas (magenta, amarelo, ciano e preto) são impressas uma de cada vez, ou seja, toda a folha é impressa utilizando o magenta, depois a folha é recolhida e é impresso o amarelo, e assim por diante. Isso eleva um pouco o tempo da impressão.
Esta tecnologia é ideal para imprimir fotografias e pinturas. Seu custo, todavia, é bastante elevado.

Impressora de cartão PVC
As impressoras de cartões de identificação são ideais para empresas que necessitem imprimir cartões de identificação para segurança, cartões de fidelidade, cartões de membros de faculdades, escolas, clubes e associações, entre outros. Apresentam-se como uma ótima solução para bureaus de prestação de serviços, mercados educacionais (escolas, universidades), entidades recreativas (parques, clubes), supermercados, grandes magazines, hospitais, órgãos governamentais, programas de fidelidade, convênios, e empresas de todos os portes.


Relações entre resolução de monitor de vídeo e resolução de impressora
Uma impressora jato de tinta necessita de um número muito maior de pontos por polegada para imprimir, com qualidade semelhante, uma imagem mostrada no monitor de vídeo que tenha um determinado número de pixels por polegada.
Isso acontece porque a impressora trabalha com pontos formados por até quatro canais de cores (normalmente o padrão CMKY), cada um deles com apenas uma opção de intensidade (quantidade fixa de tinta por canal), enquanto um monitor de vídeo forma um pixel utilizando três canais de cores (RGB), mas cada um deles com 256 níveis de luminosidade diferentes. Sendo assim, o número de cores que podem ser gerados pela impressora em um ponto é 16 (24), enquanto um monitor de vídeo pode gerar 16.777.216 (256³) cores diferentes em um pixel. Algumas impressoras têm a capacidade de variar a quantidade de tinta de cada canal de cor ou ter canais de cores adicionais, mas, ainda assim, haverá muito menos opções que as disponíveis em um monitor. A maioria das impressoras resolve essa limitação utilizando recursos de meio-tom (ou dithering) para simular cores adicionais, necessitando de vários pontos de impressão para obter o mesmo efeito de um único pixel na imagem do monitor (ver ilustração abaixo).
Uma imagem com 10×10 pixels no monitor de vídeo precisa de uma densidade de impressão bem maior em uma impressora jato de tinta, para obter-se qualidade semelhante.